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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Nem sabia que figueiras floresciam antes dos frutos.

E não florescem mesmo. 
Lendo e pesquisando sobre o crescimento das figueiras descobriu uma espécie cheia de atribuições simbólicas milenares. 
Surpreendeu-se com sua escolha pela pequena árvore. 
Desconhecia tantos significados. 
Descobriu que suas flores muito pequenas desenvolvem-se no interior da própria fruta quando ainda verde. 
Olhou para a planta com admiração e ficou feliz com o seu incremento visivelmente expressivo. 
Ou expressivamente visível.
Não saberia descrever a origem de tanta admiração, logo ela que nunca teve mãos ou dedos adubadores, escolher como presente uma figueira!
Ainda impressionada com as flores internas da espécie e com tantas conotações atribuídas, estacionou-se ali por alguns longos minutos tentando traçar vários paralelos entre o verde que crescia e seu próprio trajeto até o presente momento. 
Não via muita coisa, mas aquele instante fez-lhe muito feliz. 
Analisando mais profundamente, não era uma mulher sagrada, nem havia atingido estatura tão imponente;  mas a descoberta de flores internas aos frutos verdes, soava-lhe fascinante e bem familiar. 
Ainda assim, as metáforas insistiam em se ausentar. 
Vai ver não eram as semelhanças que uniam as duas espécies, era somente o pequeno instante de felicidade. Só isso. 
17:51

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