Havia saído há pouco do centro de preces, orações e fé... Estava um pouco abalada naquele dia, dia exaustivo e cheio de pedidos... Rezava muito e nada de especial acontecia. A i n d a!
Voltava para casa, pois nada mais restava.
No meio do caminho do bairro da Tijuca, encontrei-o. Mexi com ele e ele mexeu comigo. Muito mais ele. Assustado e ansioso, não conseguia parar quieto. Andava de um lado para outro procurando não sei o quê. Ao pessoal da área perguntei se ele tinha dono e responderam que estava ali havia dois dias com a mesma atitude inquieta... Esqueci de tudo! Meu coração bateu bem mais forte, também eu comecei a andar de um lado a outro de forma inquieta e igualmente ansiosa. Meus vermelhos cabelos, cocei! Pensei, ponderei, raciocinei e andei.
Voltei!
Aquilo não era coisa de raciocínio, era coisa de sentimento!
Ainda assim, tomei uma decisão prática: deixei-o na casa de apetrechos animais, para ver se o tal dono passava e resgatava. Combinei então, voltar no fim do dia, caso não houvesse proprietário.
Finalmente, segui. Almocei, pintei, rádio e tv liguei. Para a Nanda falei que poderíamos ter uma surpresa ao final daquele dia. Para cada trim do telefone um pulo! Até que às cinco horas, a dona do estabelecimento telefonou: ninguém o havia reconhecido.
Pensei: Ufa! Ele vem para cá, para mim. Ela acrescentou que um casal queria adotá-lo. Pensei novamente: Como assim? Fui eu que achei e encaminhei!!!! Acordamos que ele passaria um tempo comigo para tentarmos uma localização da verdadeira família. MENTIRA!!!!! Isso nunca aconteceu!
Meu sábio porteiro logo falou que ele nunca mais sairia daqui....
Não só não foi embora, como hoje reina soberano entre nós. Meu basset ruivo de pelo de arame, com topete moicano, cujo nome foi uma homenagem ao rock de mangue e caranguejo que ouvi no período de sua espera.
Um comentário:
lindo!
Uma ode ao Chico!
(tinha q escrever isso...A sílaba finalda palavra deverificação: AUL... hahahahahahah)
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